Achei o filme interessante, angustiante e claustrofóbico. Meu deu uma agonia retada ver aquelas pessoas se comunicando pra lá e pra cá, e sem se encontrarem. Mostra o lado positivo e o negativo das tecnologias, e também das pessoas. Se por um lado nos ajuda a reduzir a distância entre as pessoas aproximando-as através dos meio de comunicação por outro também pode fazer com que essas pessoas se distanciem por medo de expor as suas fragilidades, seu defeitos num encontro cara a cara, ou por se achar feio, rídiculo ou por achar que o outro vai achá-lo assim. Sartre dizia: "O inferno são os outros". É que costumamos materializar nos outros o que nos desepera, e também idealizamos no outros o que desejamos ser, e por não aceitar as nossas diferenças achamos que o outro não irá gostar da nossa imagem, e do nosso gestual.
O homem criou e desenvolveu a tecnologia para beneficiá-lo, não podendo por comodismo ou por medo do novo deixar-se aprisionar. No filme acho que as pessoas se tornaram tão dependentes da tecnologia como num vício por uma droga. O medo ou falta de costume de se relacionar pessoalmente tornaram estas pessoas escravas da tecnologia. Introspectivas no contato físico, e oral face a face. Pelo menos no fim um casal ficou junto, o que tinha um bebê, seria demais também se ele não fosse ver o filho.
Um comentário:
interessantes observações Paulo.
De fato, se não pensarmos sobre o nosso próprio papel e responsabilidade a coisa termina ficando pior do que está.
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