sábado, 26 de abril de 2008

Escola Pública X Particular

Eu se tivesse um filho com certeza não pestanejaria colcaria se possível numa escola particular com exceção do Colégio da Polícia Militar, Cefet e algumas ilhas de excelência a rede pública carece de maiores recursos. É claro que estou pensando em um modelo tradicional de ensino que não é voltado apenas para o vestibular, mas um modelo que se pressupõe mais exigente forçando o aluno ao limite. Modelo cartesiano. Modelo esse seguido pelo mundo cristão ocidental há séculos, modelo baseado na seletividade de indivíduos para chegar a hierarquia da escala social. Baseado na concorrência entre os indívíduos. E qual o pai que não gostaria de ver o seu filho galgando os primeiros postos. É o modelo imposto, mas será que nós como carneirinhos indo ao matadouro devemos apenas dizer beéé! E obedecermos mansamente. é preciso que lutemos para inverter a lógica cruel que diz que a escola pública está aí apenas para servir de elemento para afirmação dessa disparidade. Explico os ricos e polítiocos dizem demos chances a eles de frequentarem a escola em condições de igualdade como quem diz que as oportunidade são iguais para todos. Se não são capazes peçam pra sair! O conhecimento do aluno é ignorado, desprezado colcoando-o como um inútil perante os outros. se o menino sabe pesacra, nadar, cozinhar, trançar cadeiras de palhas, fazer chapéus, criar raps ou repentes, fazer um caxixi aquilo de maneira geral para a escola e para a sociedade não é valorizado, e nessa parte talvez a mal afamada escola pública esteja a frente da particular, pois é mais fácil ser aceito isso nela do que numa particular que tem o seu curriculo engessado. Onde o pai não quer ver o filho em outra atividade que não o leve a ocupar cargo de médico, advogado, engemheiro, político e empresário. nesse ponto a escola pública ganha de goleada pois é mais flexível em aceitar o novo.
No modelo formal de educação o Brasil já possuiu uma escola pública de qualidade antes da ditadura vir a esfacelar o ensino público, pois os meninos eram cabeças pensantes e atuantes. E hoje será que não? E a revolta do buzu!?? será que antes todos eram mais cabeças do que os de hoje? Ou será que a individualidade é a necessidade mais urgente. A escola particular era considerada fábrica, pagou passou! Com o descaso com a educação, pois o Governo militar e os que o sucederam passaram a enxergar numa população instruída perigo para a manutenção do poder foram esfacelando com a educação pública de qualidade onde resistiram algumas universidades, mas que não eram universalizadas quem tinha acesso antigament? Passar no vestibular ainda hoje já é um funil imagine há 10,20, 30 anos atrás? A situação melhorou? Diria que sim, mas ainda não é suficiente. É preciso investir, qualificar professores, aumentar salários, recursos, aumentar o tempo de permanência do aluno na escola,aumentar a quantidade de refeições do aluno, cursos, atividades extraclasse, reduzir o número de alunos em uma sala por professor. educação de qualidade custa caro mas dá retorno. Japão e Coréira do Sul que o digam, além dos outros países da Europa,além do Candá e EUA. É preciso gastar mais, investir mais do PIB sem pena.
Pra terminar fui aluno de escola pública a vida toda e corri atrás não podemos ficar esperando as mudanças precisamos ser parte da mudança. Ser elemnto transformador: alunos, professores e comunidade.

Um comentário:

Rutinaldo C. disse...

veja bem, Paulo:
A idéia de evitar a escola pública só irá contribui para acelerar seu colapso. Ao contrário, temos que pôr nossas crianças na escola estatal e exigir melhoria na qualidade de ensino.
Os países ricos que você citou como bons investidores no setor da educação são ricos e tem equilibrados seus diversos setores, sem a grande disparidade como acorrem aqui no Brasil. Se aumento as verbas da Educação, desfalco as da Saúde, por exemplo. A solução não é tão trivial.
Lula, enquanto oposição, via precipitadamente óbvias saídas para o problema do desenvolvimento do País. Assumiu a máquina e deparou com a realidade adversa do que antes supunha. Era insofismável o ensejo do Presidente de formar um país de seus sonhos: O que ele pôde fazer? O PIB não cresce do dia para a noite. Ainda assim, a busca pela iniciativa privada só contribui para concentração de renda: a economia crescendo e a renda se concentrando cada vez mais. Os dados clássicos paradoxais permanecem: vinte por cento do povo com oitenta por cento da renda. E a grande maioria se espremendo com os vinte por cento restante da renda.
Podemos dizer, Paulo, grosso modo, que não há banalidade. Nós, críticos, precisamos ver se nossas acusações procede. Não existe mágica: se não trabalharmos com espírito de cidadania, ética e decência não nos desenvolveremos; Cruzar os braços aceitando a realidade e rejeitar a escola pública pela sua situação precária é permitir-se ser roubado.
Em suma, vamos lutar para melhorarmos o que temos e o que nos é de direito.(RTC)